segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Leonardo

"... Um espinho em cada olho. ..."


João Gualdino 

A Noiva

Rapariga de personalidade forte, destemida, mas vive numa constante angustia pois vai-se casar com um homem, por quem nutre um grande carinho, mas o seu coração está apaixonado por outro… o grande amor da sua vida. 
É com este grande amor, que ela foge após a sua boda, e deixa tudo e todos, para procurar a estabilidade emocional que tanto queria. Este seu impulso, leva-a a perder, a sua paixão e o seu amor, mas acima de tudo a sua dignidade enquanto mulher.


Andreia Tomás

Rapariga

Divertida, sonhadora, perversa e desesperada por arranjar noivo e ser a próxima a casa. Leva sempre uma leveza de espirito na alma. A vida é uma passagem de vento que muda de direcção, sem ter noção de tempo para encontrar a morte. 

Ligia Gonçalves 

O Noivo


Jovem robusto, trabalhador e apaixonado.
Cobiçado pelas moiças, vive “debaixo das saias” da Mãe a quem tem muito respeito. No entanto, sente necessidade de sair daquele mundo de rancor e de tristeza ao qual a mãe se entregou desde a morte do marido (seu pai) e do filho mais velho (seu irmão).
Vê, no casamento, uma forma de sair desta vida e de construir a sua família com a mulher por quem sente uma enorme paixão. É uma forma de esquecer a história trágica que continua a estar bem presente na figura da sua Mãe.

Gonçalo Ferreira 

A Mendiga

A Vida, tal como a conhecemos, só assim existe porque também sabemos da presença da Morte. Em “ Bodas de Sangue” a Morte é omnipresente, que mesmo sem estar é pressentida e advinhada. Mesmo quando está, há quem se recuse a vê-la.
Nos momentos em que os outros choram e amaldiçoam, Ela sorri. Não porque tenha maldade ou gozo do sofrimento alheio que provoca nos comuns mortais. Simplesmente, a Morte só conhece essa forma de estar, é intrínseco a si própria. Apenas sabe ser implacável, imponente e certeira.

Cátia Godinho Semedo 

A Mãe

Fria,com o sangue quente à flor da pele; forte, destemida,obstinada e com raça. Uma mulher e mãe amargurada, ressequida e empedernida pelas agruras de uma vida dura.Mulher briosa que ama a terra, símbolo de fertilidade e continuidade, mas que, no entanto, vai mastigando sentimentos que a corróem e a possuem por inteiro. A sua fragilidade e dôr são abafadas por um "manto" de autoritarismo, de raiva e revolta sempre latentes. Leva uma vida de solidão, isolando-se do mundo que corre fora das suas quatro paredes.
Uma mulher que pressente a morte como uma fatalidade da qual não se pode fugir. A morte, não como facto natural, mas algo que resulta de causas violentas, como são as paixões impetuosas, os ódios e as vinganças que destroem o Homem na sua plenitude. Contudo, esta mulher, esta mãe vai mais longe e podemos ver nela um sentido mais abrangente, uma vez que Garcia Lorca faz dela o eco da voz de todas as mães a quem o amor, a guerra ou a política lhes ceifa a vida de seus filhos e maridos.
Alguém disse um dia que "o Teatro é a festa dos sentidos". "Bodas de Sangue" é definitivamente uma peça que os faz despertar em cada um de nós e provoca arrepio da tão actual e eterna questão que é o desafiar a ordem das coisas, quebrar tabus, saltar a cerca!
Um privilégio ter-me sido dada a oportunidade de embarcar nesta viagem de sonho pelo mundo Lorquiano.Um grande bem haja a toda a tripulação e por acreditarem!
Isabel Moreira

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