sábado, 13 de fevereiro de 2010

Bodas Dançadas - Bruno Cochat

Pela 4ª vez em "Cenas de Teatro", foi com enorme prazer que agarrámos, todos juntos, esta ideia ambiciosa de revisitar as "Bodas de Sangue", de Lorca. Encontrar a fisicalidade de cada personagem, bem como a criação de cenas dançadas que pretendem lembrar e homenagear o movimento "latino", foram os grandes desafios deste projecto, só possível graças à generosidade de todos e todas os envolvidos. A todos e todas, agradecido.

Bruno Cochat (Corpo)


Sobre "Bodas de Sangue" para Tenda CenasIII - O Espectáculo


O grande desafio de Lorca é a viagem às profundezas de cada um de nós... Ver os actores deixarem emergir essa torrente fortíssima e inquietante e saber transforma-la em arte tem sido o meu maior desafio. Um prazer q me emociona e surpreende cada dia que passa.             

Ângela Pinto (Interpretação)

Bodas Cantadas - Manuel Brás da Costa

Além do trabalho de técnica vocal que normalmente desenvolvo nos cursos  de A Tenda,o grande desafio deste projecto foi o de escrever uma música sobre os textos do Lorca, que simultaneamente ilustrasse a realidade Portuguesa com a realidade da peça. 
O resultado foi o de uma banda sonora com caracteristicas melancólicas, repleta de dissonâncias (por vezes incomodativas) que nos alerta e chama a atenção do drama que se vai desenrolando. 

Manuel Brás da Costa (Voz)

Frederico Garcia Lorca - Take This Waltz

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Ensaios - o trabalho continua...

Com a estreia a aproximar-se a passos largos, os ensaios tornam-se mais suados, a ansiedade começa a apertar... mas ainda há muito trabalho pela frente...


















O Pai

Bom vivant, bonacheirão, amante dos prazeres da vida e da natureza, dos prazeres físicos e dos etéreos, vive quase sem preocupações no meio (mas isolado) de todo um povo carregado de mágoas, pesares, obrigações e tradições. Não perde a oportunidade de se chegar a um rabo de saia, a um bom copo de vinho ou a uma festa animada, mesmo que para isso tenha de se esquecer das "aparências" que a sociedade lhe impõe.
Após a morte da sua esposa ficou apenas com uma mulher e uma menina debaixo do seu tecto. A mulher é quem está sempre discretamente ao seu lado, é a sua companheira e tem o rótulo de criada. A menina é o seu amor e aquela a quem quer mais que tudo: sua filha.
Vive alegremente e descansado ignorando os verdadeiros sentimentos de sua filha, julgando que a bonança depois da tempestade já teria chegado. Até ao dia em que a desonra o obriga a encarar de frente a brutalidade e a cegueira de um amor assolapado...

João Duarte

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A Criada

Dedicada à familia para quem trabalha há anos, zela pela felicidade da sua "menina" como se uma filha fosse. Extrovertida, maternal, observadora, é livre e não veste de preto. Talvez por isso, apercebe-se antes dos demais do inevitável desenlace consequência de um amor oprimido num contexto de dor, mágoa e sangue.

Lurdes Garcia